Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a escolha do substituto do ministro Luiz Roberto Barroso, que anunciou sua aposentadoria nesta quinta-feira (9), não deve demorar.
O Palácio do Planalto já vinha sendo informado de que Barroso pretendia antecipar sua saída do STF (Supremo Tribunal Federal), e o processo sucessório começou a ser discutido reservadamente há algumas semanas.
Com a saída confirmada, o Supremo ficará com dez ministros a partir da próxima semana, até que Lula indique e o Senado aprove o novo integrante. A expectativa no Congresso é de que o presidente encaminhe o nome ainda em outubro, para que a sabatina ocorra antes do recesso parlamentar.
Barroso completará 66 anos em março de 2026 e poderia permanecer no cargo até os 75, idade-limite prevista pela Constituição.
Segundo interlocutores, ele decidiu antecipar a aposentadoria por motivos pessoais e por considerar que já cumpriu um ciclo no tribunal — aonde chegou em 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT).
No Planalto, o nome mais forte hoje é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, aliado próximo de Lula e figura central em pautas jurídicas do governo. Messias foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil no governo Dilma e participou da estratégia de defesa do presidente nos processos da Lava Jato.
Outros dois nomes também são citados nos bastidores: o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), visto como opção política capaz de facilitar a aprovação no Congresso; e o do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, que mantém boa interlocução com diferentes alas do governo e já foi cotado em outras oportunidades para o Supremo.
Lula fará sua terceira indicação ao STF desde o início do terceiro mandato, já tomaram posse Cristiano Zanin e Flávio Dino.
Fonte CNN Brasil
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil