Em meio ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará nesta segunda-feira (8) de uma reunião virtual da Cúpula dos Brics.
No encontro, o petista deve reforçar a defesa da soberania do Brasil, mas vai evitar provocações diretas ao presidente Donald Trump.
Segundo auxiliares do Planalto, o objetivo é não dar margem para que o encontro seja explorado politicamente pelo americano como justificativa para novas sanções a países do grupo.
O Brics é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia.
Segundo apurou a CNN, não deverá haver uma declaração conjunta após a videoconferência.
Apesar da cautela, interlocutores reconhecem que Lula não tem como fugir de temas considerados centrais, como soberania e o tarifaço de 50% a produtos brasilerios.
A expectativa é de que o presidente retome o tom adotado em seu pronunciamento no Sete de Setembro, quando afirmou que “defender a soberania é defender o Brasil” e citou a proteção do Pix, alvo de investigação dos EUA.
Auxiliares do governo reforçam ainda que as medidas adotadas por Trump têm caráter político, especialmente em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal).
A reunião virtual do Brics também servirá como palco para Lula propor uma reforma estrutural da Organização Mundial do Comércio (OMC), destacando a necessidade de uma refundação da instituição, com bases mais modernas, flexíveis e adequadas às realidades do comércio global.
A convocação da videoconferência integra as iniciativas da presidência brasileira do Brics, com o objetivo de reforçar o multilateralismo e intensificar a coordenação entre os membros do bloco.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Andrew Harnik/Getty Images
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