O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (25) que foi orientado por seus advogados a não falar com a imprensa.
“Parecer dos meus advogados: nada mudou, nada posso falar”, disse ao sair da sede do PL (Partido Liberal) nesta tarde.
Na quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), respondeu à defesa do ex-presidente e garantiu que Bolsonaro não está proibido de dar entrevistas, mas que não pode fazer uso intencional delas para aparecer nas redes sociais ou incentivar “milícias digitais”.Play Video
No mesmo dia, ao ser abordado pela imprensa, Bolsonaro disse que ainda conversaria com seus advogados para entender melhor os limites das medidas cautelares impostas. Segundo ele, não ficou claro o que ele pode ou não dizer publicamente.
Na semana passada, o ministro determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e proibição do uso de redes sociais.
Segundo o ministro, proibição sobre redes também vale para transmissões, repostagens ou divulgação de entrevistas em perfis de terceiros, o que, na prática, impossibilita entrevistas à imprensa.
Logo após o despacho do ministro, porém, Bolsonaro fez uma visita à Câmara dos Deputados e, na saída, falou brevemente com jornalistas. Mostrou a tornozeleira eletrônica e disse que somente a “lei de Deus” é válida para ele.
O episódio foi amplamente divulgado nas redes sociais por perfis de apoiadores, congressistas e jornais.
Moraes, em despacho publicado horas depois, afirmou que o ex-presidente agiu com intenção clara de ter o momento exibido nas plataformas digitais, o que configuraria violação de medida cautelar e justificativa para prisão. Moraes pediu explicações aos advogados.
A decisão final do ministro se deu somente ontem, quinta-feira (24), quando optou por advertir o ex-presidente, mas não determinar prisão. Por isso, Bolsonaro segue cauteloso em declarações públicas.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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